Trabalho e emprego

Luiz Marinho defende fim da escala 6x1, mas diz que pressão no Congresso é necessária

Ministro disse que perfil do Legislativo só traz prejuízo para classe trabalhadora

Foto: José Cruz/Agência Brasil
Foto: José Cruz/Agência Brasil

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou nesta quinta-feira (25) que o fim da escala 6×1 só será possível com “muita pressão” sobre o Congresso Nacional.

Segundo ele, o perfil conservador do Legislativo, sem mobilização popular, tende a resultar em medidas que prejudicam os trabalhadores.

“Eu defendo que a jornada seja reduzida para 40 horas semanais, saindo das 44 atuais, e que se encontre um jeito de acabar com a escala 6×1. (…) Mas é preciso botar muita pressão no Congresso Nacional para isso ter possibilidade de vitória. O Parlamento tem um perfil que, se deixado livre, leve e solto, só traz prejuízo para a classe trabalhadora”, disse durante entrevista à Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

Marinho afirmou ainda que, para viabilizar essas mudanças, a solução passaria por acordos coletivos, de forma a garantir a manutenção da atividade econômica.

Ele também sugeriu que os eleitores considerem as posições dos candidatos a deputado e senador sobre a escala 6×1 no momento de decidir o voto no próximo ano.

Entenda

Em fevereiro deste ano, a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) apresentou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa reduzir a jornada máxima de trabalho para 36 horas semanais, distribuídas em 4 dias.

O objetivo é acabar com escalas de 6 dias de trabalho e 1 de descanso, conhecidas como 6×1.

Apesar de protocolada pela parlamentar, a proposta ainda não foi pautada para votação no Congresso.

Com a derrubada da PEC da Blindagem no Senado, aumentou a pressão popular e política para que a PEC seja analisada.

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