O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou neste sábado (18) que não aceitará que outro país “ouse falar grosso com o Brasil”. A declaração ocorreu durante um evento com estudantes em São Bernardo do Campo (SP), em meio à tentativa do governo de recompor as relações com os Estados Unidos, que em agosto impuseram tarifas de 50% sobre produtos brasileiros e sancionaram ministros da Suprema Corte.
“A gente quer formar uma doutrina latino-americana, com estudante latino-americano, pra que a gente possa sonhar que esse continente um dia vai ser independente, que nunca mais um presidente de outro país ouse falar grosso com o Brasil, porque a gente não vai aceitar. Não é uma questão de coragem, é uma questão de dignidade e caráter”, afirmou Lula.
Durante o encontro, o governo anunciou um edital que apoiará até 500 cursinhos populares em todo o país em 2026, com investimento estimado em R$ 108 milhões.
Tensão diplomática
A fala do presidente ocorre em um momento de tensão diplomática entre os Estados Unidos e a América Latina. O governo norte-americano anunciou ações militares contra a Venezuela, sob a justificativa de combater o tráfico de drogas. De acordo com a imprensa dos EUA, o Exército americano lançou seis ataques contra embarcações venezuelanas, que resultaram na morte de dezenas de pessoas.
Na última quarta-feira (15), o presidente Donald Trump confirmou ter autorizado a CIA a conduzir operações secretas no país vizinho. Em resposta, o governo de Nicolás Maduro acusou os EUA de promover uma “mudança de regime” e prometeu denunciar as ações no Conselho de Segurança da ONU.
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