
O Ministério Público da Bahia (MP-BA) apresentou, na quinta-feira (30), uma nova denúncia contra o deputado estadual Binho Galinha (sem partido) e outras 12 pessoas suspeitas de integrar um grupo miliciano com atuação há mais de uma década em Feira de Santana e municípios vizinhos.
O documento reforça o papel do parlamentar, preso desde 3 de outubro, como líder do grupo.
Segundo o MP-BA, a denúncia se baseia em novos fatos revelados pelas operações “El Patrón” e “Hybris”, conduzidas pela Polícia Federal e pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).
Embora os crimes sejam os mesmos pelos quais o deputado já tenha sido denunciado, as práticas criminosas continuaram mesmo após a primeira denúncia.
A promotoria esclarece que “não se configura dupla imputação, uma vez que se trata de fatos distintos, ainda que relacionados à mesma tipificação penal, desde que haja continuidade delitiva após o marco interruptivo representado pelo recebimento da primeira denúncia”.
As investigações indicam que Binho Galinha manteve o comando da organização criminosa, utilizando laranjas para movimentar recursos e contornar restrições judiciais.
O grupo criminoso atua em atividades como jogo do bicho, agiotagem, lavagem de dinheiro, extorsão, receptação qualificada e exploração de jogos de azar.
Entre os novos denunciados, quatro são policiais militares da ativa:
- Allan Silva e Silva – integrante do Núcleo Armado, responsável pela segurança pessoal do deputado;
- Wildson Nunes de Oliveira – acusado de atuar como miliciano e realizar cobranças ilegais sob ordens da “alta cúpula”;
- Thiago Almeida Santos, conhecido como “Nariga” – também ligado ao núcleo armado;
- André Santos da Silva, chamado “Del” ou “Porcão” – denunciado por organização criminosa e embaraço à investigação, por apagar dados do celular durante operação policial.
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