Cidadão Soteropolitano

Na Câmara, Seu Jorge fala sobre violência contra jovens negros na Bahia e  reforça soberania nacional

Cantor carioca recebeu o Título de Cidadão Soteropolitano nesta sexta-feira (25)

Foto: Vagner Souza/ PS Notíciais
Foto: Vagner Souza/ PS Notíciais

O cantor, compositor e ator Seu Jorge recebeu na manhã desta sexta-feira (25), em homenagem na Câmara Municipal de Salvador (CMS), o Título de Cidadão Soteropolitano. Ao agradecer a honraria em discurso emocionado, o artista chamou atenção para a violência na Bahia e demonstrou preocupação com a morte da juventude negra.

“Assim como o Rio de Janeiro, a Bahia também passou a ser um centro de preocupações para mim. De verdade, não sei como ajudar neste sentido. Mas, tudo que estiver ao meu alcance, me predisponho a ajudar. Quem sabe não podemos desenvolver ou encontrar uma tecnologia adequada para livrar cada vez mais a nossa juventude negra [do genocídio]”, disse.

A declaração ocorre um dia após o Anuário Brasileiro de Segurança Pública apontar que a polícia baiana foi a que mais matou entre os estados brasileiros no ano de 2024. Ao todo, foram 1.556 homicídios naquele ano, o que mantém o estado na liderança da estatística pelo terceiro ano seguido.

Seu Jorge também elevou o tom ao reforçar a soberania brasileira, num momento em que o país vive uma crise diplomática e comercial com os Estados Unidos por conta do tarifaço.

“O Brasil é soberano. Não cederemos um centímetro, nem um centímetro da nossa soberania. Vamos trabalhar juntos e criar alternativas de tecnologia para colocar o Brasil no melhor lugar possível”, afirmou o artista.

Honraria

A vereadora de Salvador, Cris Correia (PSDB), é a autora da proposta que consagrou o cantor Seu Jorge como cidadão soteropolitano na manhã desta sexta-feira (25). Segundo ela, a honraria reconhece a ligação do artista com a capital baiana e a expressiva contribuição à cultura brasileira.

Foto: Vagner Souza/PS Notíciais

A cerimônia aconteceu no mesmo ano em que Seu Jorge lançou Baile à la Baiana, o primeiro disco de faixas inéditas em dez anos. O projeto nasceu em Salvador, no espaço cultural Galpão Cheio de Assunto, do percussionista Peu Meurray, amigo e colaborador do artista.