No Dia da Independência, celebrado em 7 de setembro, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), usou as redes sociais para rebater críticas de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Judiciário. Segundo ele, ao contrário do que alegam, “não há ditadura da toga no Brasil, tampouco ministros agindo como tiranos”.
“O STF tem cumprido seu papel de guardião da Constituição e do Estado de Direito, impedindo retrocessos e preservando as garantias fundamentais”, reforçou.
Sem citar nomes, Gilmar Mendes também criticou ações do governo Bolsonaro, lembrando ataques infundados ao sistema eleitoral, a gestão da pandemia de covid-19, a tentativa de golpe de Estado e até planos de assassinato contra autoridades após a vitória de Lula (PT) em 2022.
“Se quisermos falar sobre os perigos do autoritarismo, basta recordar o passado recente de nosso país: milhares de mortos em uma pandemia; vacinas deliberadamente negligenciadas; ameaças ao sistema eleitoral e à separação de Poderes; acampamentos diante de quartéis pedindo intervenção militar; tentativa de golpe com violência e destruição do patrimônio público, além de planos de assassinato contra autoridades da República”, afirmou.
Vale lembrar que Gilmar Mendes não integra a Primeira Turma do STF, responsável pelo julgamento de Bolsonaro e outros réus acusados de tentativa de golpe. O colegiado é formado por cinco ministros: Cristiano Zanin (presidente da Turma), Alexandre de Moraes (relator), Flávio Dino, Luiz Fux e Cármen Lúcia.
7 de Setembro sem ministros do STF
Nenhum dos 11 ministros do STF participou do tradicional desfile cívico de 7 de Setembro na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. A ausência chamou atenção, já que é comum a presença de representantes dos Três Poderes nesse tipo de cerimônia.
Em 2024, a Suprema Corte havia contado com ampla representação no evento, incluindo Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Cristiano Zanin, Dias Toffoli e Edson Fachin.
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