Salvador

Oposição na CMS contesta PL que permite nova via em área de proteção ambiental

O Executivo enviou à Câmara quatro projetos para serem apreciados nesta quarta-feira (24). O mais polêmico deles versa sobre alterações na LOUOS e no PDDU

Foto: PS Notícias
Foto: PS Notícias

O secretário de Educação de Salvador, Thiago Dantas, compareceu à Câmara de Vereadores de Salvador na tarde desta terça-feira (23) para tratar de uma proposta da prefeitura que espera atender as demandas levantadas pelos professores da rede municipal durante o período da greve. Em julho deste ano, após mais de 70 dias de paralisação, a categoria voltou à sala de aula.

Líder da oposição na Câmara, a vereadora Aladilce Souza (PCdoB) disse à reportagem do PS Notícias que a expectativa dos colegas é de que já tenha havido um acordo entre a APLB e o Executivo.

“Eles ficaram de se reunir e chegar a um consenso sobre as demandas apresentadas pela APLB para aprimorar o projeto que está vindo para casa. Essa expectativa, é de que já tenha tido esse acordo, e que hoje aqui a gente possa tirar as dúvidas e sermos informados de como ficou ao final do projeto que cumpre a pauta dos professores”, disse.

Projetos para apreciação

O Executivo enviou à Câmara outros quatro projetos para serem apreciados nesta quarta-feira (24). O mais polêmico deles versa sobre alterações na Lei de Ordenamento de Uso e Ocupação do Solo (LOUOS) e no Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU).


“Nosso voto na Comissão de Constituição e Justiça foi contrário a todos esses projetos. As alterações na LOUOS ele ofende áreas de preservação importantes como, por exemplo, a APA de Jaguaribe, aquela região de Patamares, onde temos uma reserva de mata Atlântica”, explicou Aladilce.

Ainda de acordo com a vereadora, a proposta do Projeto de Lei 175, que sugere a implantação de uma via na região de Jaguaribe, pode trazer prejuízos ao meio ambiente.

“Nós sabemos o que isso significa. Mais adiante empreendimentos surgirem por ali e assim teremos mais uma área devastada,  que deveria ser preservada. São propostas que alteram o PDDU e a LOUOS sem o seguir o rito obrigatório de um projeto como este”, declarou, justificando o motivo da oposição tentar barrar tais aprovações.