Após dois dias de protestos no Congresso, parlamentares da oposição desocuparam o plenário da Câmara na noite de quarta-feira (6), alegando ter chegado a um acordo com a presidência da Casa para pautar projetos defendidos pelo grupo, como o da anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro e o fim do foro privilegiado.
O deputado federal Capitão Alden (PL-BA), vice-líder da oposição, celebrou o acordo e definiu o desfecho como uma vitória.
“Vencemos! A partir da próxima semana, a Câmara definirá a pauta: anistia ampla, geral e irrestrita e fim do foro por prerrogativa de função. Grande vitória da oposição”, escreveu na plataforma X.
Apesar da comemoração, aliados do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), negam que tenha havido qualquer acordo com a oposição.
A versão de que teria ocorrido uma negociação ganhou força após Motta conseguir abrir a sessão na noite de quarta-feira (6), escoltado por deputados do Centrão, após cerca de duas horas de conversas com oposicionistas.
Entenda os protestos
Na terça-feira (5), deputados de oposição ocuparam as Mesas Diretoras da Câmara e do Senado em protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Bolsonaro é réu por tentativa de golpe de Estado e pode ser condenado a até 44 anos de prisão. Após negociação com líderes da oposição, Hugo Motta conseguiu subir à Mesa do plenário e abrir a sessão que marcou a reabertura dos trabalhos da Câmara.