O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), afirma que a criação da ‘superfederação’ formada por União Brasil e Progressistas (União Progressista), obrigará seu grupo político a rever a estratégia para as eleições. A declaração foi dada no início da noite desta quarta-feira (27) após reunião com o prefeito de Salvador, Bruno Reis (UB).
A federação UB-PP reúne 109 deputados federais, a maior bancada na Câmara dos Deputados. Além disso, tem o maior número de prefeitos em todo o país, 1.335, ultrapassando o PSD, que tem 889. No Senado, a União Progressista conta com 14 senadores. Em todo o país, o grupo partidário possui sete governadores.
“Para nós, no PT, o que muda é a estratégia. Não há partido ou federação que amedronte ou facilite. É olhar sobre o que pode acontecer e fazer as estratégias”, afirmou o chefe do Executivo baiano.
Jerônimo Rodrigues também disse que o posicionamento na Bahia vai depender da conjuntura nacional.
Além disso, o petista minimizou a presença de parlamentares do União Brasil e do PP em ministérios do governo Lula. “O presidente Lula continua com o vigor de fazer os diálogos. Todo mundo que acompanhou Lula nestes dois mandatos e meio sabe que ele é um homem de diálogo, de franqueza, quer todo mundo próximo. Todos os ministros ali estão contribuindo, colaborando com o governo federal. Então, a orientação nacional é a que servirá para nós”, apontou.
Já o prefeito de Salvador, Bruno Reis, questionado sobre a permanência dos correligionários no governo petista, disse que sempre defendeu o desembarque dos congressistas.
“A gente, lá atrás, já defendia essa posição. As indicações que o União Brasil tinha e ainda tem no governo são indicações de parlamentares. Senadores e deputados do partido. É natural que, se esse partido não vai seguir com o projeto de reeleição do presidente Lula, que possa seguir outro caminho”, apontou o prefeito, aliado de ACM Neto, vice-presidente nacional do União Brasil.