
O governador Jerônimo Rodrigues (PT) afirmou na manhã desta quarta-feira (5) que a Operação Freedom, deflagrada pela Polícia Civil da Bahia na terça (4), é um exemplo de como o estado deve agir no combate ao crime organizado. A ação prendeu mais de 30 suspeitos ligados ao Comando Vermelho (CV) e deixou um morto.
“Ter uma polícia forte não significa matar. Força não é sinônimo de violência. Força é o Estado assumir sua responsabilidade e agir dentro da legalidade, como fizemos ontem com a Operação Freedom. Foram 38 pessoas presas, contas bloqueadas, tudo isso para mostrar que o crime tem um ‘andar de cima’. Ele acontece nas comunidades, mas é comandado por estruturas mais altas”, afirmou Jerônimo em entrevista à TV Bahia.
A declaração do governador ocorre uma semana após a megaoperação policial comandada pelo governo do Rio de Janeiro contra o CV nos complexos do Alemão e da Penha, que deixou ao menos 121 mortos.
Jerônimo também criticou parlamentares da oposição que, segundo ele, tentam usar o tema da letalidade policial como sinônimo de força política.
“Não é hora de usar temas como este para ganhos eleitorais. Não podemos transformar essa pauta em uma caça às bruxas. Temos uma responsabilidade com a paz no país e com o fortalecimento de um Estado firme e de uma polícia forte”, disse.
CPI do Crime Organizado
O governador ainda comemorou a instalação, pelo Senado Federal, da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigará o crime organizado no país. Segundo ele, o colegiado permitirá uma resposta mais efetiva à população e um diálogo maior entre as esferas do poder público.
“A segurança pública é uma agenda que exige de nós tranquilidade e firmeza, pois envolve vidas e o direito de ir e vir das pessoas. Os governos municipais, estaduais e federal precisam dar as mãos. A CPI do Crime Organizado é um espaço importante para mostrar que não há um único ente responsável por esse tema”, declarou.
Jerônimo está entre os governadores que deverão ser ouvidos pela comissão, conforme informou o relator da CPI, senador Alessandro Vieira (MDB-SE), na terça-feira (4).


