
O deputado estadual Diego Castro (PL) voltou a criticar o projeto de lei apresentado pela deputada Olívia Santana (PCdoB), durante entrevista ao programa Toda Hora, da Salvador FM, nesta quinta-feira (14). A proposta, que já gerou embates na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), foi apelidada pelo parlamentar de “Bolsa Família dos Bandidos”. O caso motivou um processo judicial movido pela deputada contra ele.
Ao comentar a ação, Diego Castro reforçou que o projeto de Olívia beneficia criminosos e desrespeita famílias de vítimas da violência.
O projeto é para prestigiar a vagabundagem, não tem outro nome. E a deputada está dizendo que eu estou associando ela ao crime organizado, como eu li na peça, né? Ou seja, como eles sempre fazem, distorcem do que a gente fala, mentem a todo momento e querem ganhar no tapetão, porque isso é o comunismo”, disse.
De acordo com o parlamentar, a proposta prevê a concessão de indenizações de até R$ 9 mil a familiares de pessoas atingidas por disparos de armas de fogo em operações policiais, ainda que de forma cautelar.
O projeto da deputada simplesmente quer prover uma indenização, um benefício de até 9 mil reais, vamos deixar claro isso, para famílias de pessoas que sofrerem ali qualquer dano advindo de atividades policiais, de arma de fogo de atividade policial. (…) O projeto é uma inversão de valores. Agora imagine: se chega a polícia, há uma troca de tiros, e a polícia, no momento que encontra aquilo, não revide, ali atinge o criminoso, e a pastora, Deus livre e guarde, viesse a falecer, adivinha qual das duas famílias receberia o benefício? A família do criminoso, a da pastora não”, criticou.
Polêmica e Acusações
A fala de Castro reacende a polêmica iniciada na sessão da Alba, quando Olívia Santana anunciou ação judicial por violência política de gênero. Além disso, ela acusou o parlamentar de espalhar fake news sobre sua proposta.
O projeto de lei de Olívia Santana foi protocolado em abril. O PL tem como base uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que responsabiliza o Estado em casos de mortes ou ferimentos provocados por armas de fogo em ações policiais.