Movimento grevista

Sindicato justifica ocupação na Alba: 'Inércia dos poderes'

Servidores do Judiciário baiano estão em greve e cobram a aprovação de projeto de lei que cria plano de cargos e carreiras

Foto: Sintaj/Divulgação
Foto: Sintaj/Divulgação

O Sindicato dos Servidores dos Serviços Auxiliares do Poder Judiciário do Estado da Bahia (Sintaj) emitiu uma nota de esclarecimento nesta quarta-feira (28) e rebateu a acusação de invasão do plenário da Assembleia Legislativa (Alba). Nesta terça-feira (27), um grupo de servidores ocupou o espaço em protesto pela aprovação do projeto de lei do Tribunal de Justiça (TJ-BA) que prevê a criação do Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos (PCCV) da categoria.

“O Sintaj vem esclarecer que ontem (27) a categoria do Judiciário baiano não invadiu a Assembleia Legislativa da Bahia e sim ocupou aquele espaço de forma ordeira e pacífica. Durante a ocupação, não houve qualquer tipo de violência ou destruição do patrimônio. E vale destacar que os servidores e servidoras não ameaçaram ou colocaram em risco a segurança de deputados e deputadas, pois a entrada se deu antes de começar a sessão, não havendo parlamentares no local naquele momento”, relatou a entidade em nota.

Ainda no comunicado, o Sintaj justificou que a ação se deu por causa da demora na apreciação do projeto de lei, que foi apresentado à Alba em agosto de 2024. Os servidores estão em greve em protesto contra a demora na apreciação do texto.

“Diante da inércia dos poderes e seus desencontros, já que o Executivo e o Legislativo não se entendem com o Judiciário, a categoria, que está unida, segue em busca a aprovação do Plano, a partir do movimento grevista e da ocupação de espaços que proporcionem que ela seja ouvida. Portanto, naquele momento, o judiciário se reuniu, ocupou um espaço que lhe é de direito e se fez ouvir, declarando que a luta continua, além de exigir respeito, valorização, dignidade e principalmente justiça para quem faz justiça”, apontou o sindicato.

Articulação

O Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado da Bahia (Sinpojud), outra entidade que representa servidores do Judiciário baiano, também se manifestou após a ocupação realizada “por parte de alguns servidores filiados ao Sintaj”.

O Sinpojud publicou um comunicado em que relatou conversas com os deputados Hilton Coelho (Psol) e Vitor Bonfim (PV), relator do projeto no Legislativo.

O grupo foi informado pelo relator que o projeto pode ter uma tramitação acelerada caso aconteça um acordo de lideranças na Alba.

“Nós estamos lutando pelo que é justo: nossa reposição salarial. Por isso, é fundamental que o prazo seja reduzido para que o projeto seja votado e aprovado o mais rápido possível”, afirmou Manuel Suzart, presidente do Sinpojud.

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