O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, afirmou que o União Brasil se reunirá na próxima quarta-feira (8) para discutir a possível expulsão do ministro do Turismo, Celso Sabino. Em publicação nas redes sociais, o chefe do Executivo estadual disse que o caso será analisado por conta da “reiterada infidelidade partidária”.
O diretório do União Brasil no Pará, atualmente presidido por Sabino, também será avaliado “a fim de que o partido seja comandado por quem realmente se posiciona contra o governo do PT e luta contra a venezuelização do nosso país”, completou o governador.
O movimento da legenda contra Sabino ocorre dias após o ministro fazer um aceno público ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante uma agenda em Belém, seu reduto eleitoral. Na ocasião, ele afirmou, em discurso, que apoiará o petista “em qualquer partido que estiver filiado”.
A fala de Sabino contraria uma resolução da Executiva Nacional do União Brasil, que definiu o tom oposicionista ao governo do PT e determinou o desembarque de filiados da Esplanada após a formalização da federação partidária com o Progressistas (PP). A norma prevê a expulsão de quem não se desligar dos cargos por infidelidade partidária.
A resistência de Sabino em deixar o ministério após a determinação, somada às manifestações públicas de apoio a Lula, tem causado incômodo entre dirigentes do União Brasil. O ministro chegou a entregar uma carta de demissão ao presidente por pressão do partido, mas depois voltou atrás.