
Depois que o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), pautou a votação em plenário do processo que prevê cassação do mandato do deputado Glauber Braga (Psol-RJ), o socialista fez um protesto durante sessão realizada na tarde desta terça-feira (9).
O congressista decidiu ocupar a cadeira de presidente no plenário da Câmara, mas foi retirado à força por policiais do Legislativo. O socialista disse que não sairia do local em protesto contra o processo que foi colocado em pauta.
Diante do gesto do deputado, a Polícia Legislativa esvaziou o plenário e retirou do local a imprensa que acompanhava a sessão. A transmissão na TV Câmara também foi interrompida.
A ação truculenta dos policiais foi registrada por parlamentares que permaneceram no local. Durante a ação policial, as deputadas Sâmia Bomfim e Célia Xakriabá foram agredidas.
Dois pesos, duas medidas
Logo após a sessão ser retomada, o deputado federal Lindbergh Farias, líder do PT na Casa, criticou a conduta da polícia. Ele lembrou que a mesma atitude não adotada quando bolsonaristas ocuparam a Mesa Diretora em agosto deste ano. Na ocasião, os deputados faziam protesto contra a prisão domiciliar imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Quem também condenou a ação policial foi o deputado federal baiano Joseildo Ramos (PT).
“A cena de Glauber Braga sendo levado à força é ultrajante, inaceitável e mostra bem que a prioridade é proteger a direita a todo custo. Aparentemente, para ser tratado com respeito pela presidência da Câmara, é preciso ser preso, condenado, golpista ou traidor”, afirmou Joseildo na rede social X.
Veja o momento em que Glauber é retirado à força:


