O senador Jaques Wagner (PT-BA) afirmou, em entrevista à Piatã FM, na manhã desta quinta-feira (2), que a construção da Ponte Salvador-Itaparica finalmente avança para a fase de execução. Segundo ele, após anos de entraves, as sondagens já estão em andamento e os primeiros pilares devem começar a ser erguidos em breve.
“Agora, finalmente, as sondagens estão em andamento e os primeiros pilares da ponte devem começar a ser erguidos. É um projeto esperado há décadas. Toda eleição esse assunto volta, e a população tem razão em cobrar. Eu sempre digo: quem está na vida pública precisa aceitar as cobranças. Recebemos aplausos às vezes, mas também críticas, e é justo. Afinal, fomos nós que pedimos voto ao povo”, comentou.
Wagner comparou o processo de implantação da ponte com a retomada das obras do metrô de Salvador, durante sua gestão no governo estadual. Ele lembrou que, após anos de paralisação, a obra ganhou ritmo e hoje é considerada uma das maiores malhas metroviárias do país.
“Na época, muita gente me criticou, dizendo que seria melhor fazer um BRT. Mas eu dizia: esta é a terceira maior capital do país, não faz sentido investir em equipamentos ultrapassados. Com a ponte é a mesma coisa. Quando falei sobre ela, muitos acharam um absurdo. Mas a ponte Rio-Niterói, que tem tamanho semelhante e atravessa a Baía de Guanabara, foi construída há mais de 50 anos, na década de 1970. Se naquela época já havia engenharia para isso, por que nós não podemos ter uma ponte hoje?”, indagou.
Desafios
O senador explicou que o projeto da ponte foi licitado e vencido por um consórcio chinês, mas a pandemia da Covid-19 interrompeu o cronograma. Além da paralisação das obras, a alta dos preços dos insumos da construção civil, como ferro, aço e cimento, inviabilizou o orçamento inicial.
“Quando a normalidade voltou, todos sabem que os preços dos insumos, ferro, aço, cimento, dispararam. E aí surgiu o problema: o valor da licitação já não cobria os custos. Passamos muito tempo discutindo com o Ministério Público, o Tribunal de Contas do Estado e as empresas para encontrar uma solução que respeitasse a lei brasileira e a nova realidade dos preços”, explicou.
Impacto
Wagner reconheceu que a obra da ponte é um desejo antigo da população baiana e ressaltou que as cobranças são legítimas. O projeto prevê uma estrutura com 12,4 km de extensão, ligando Salvador à Ilha de Itaparica. Quando concluída, será a maior ponte da América Latina
“Agora, finalmente, as sondagens estão em andamento e os primeiros pilares da ponte devem começar a ser erguidos. É um projeto esperado há décadas. Toda eleição esse assunto volta, e a população tem razão em cobrar. Eu sempre digo: quem está na vida pública precisa aceitar as cobranças. Recebemos aplausos às vezes, mas também críticas, e é justo. Afinal, fomos nós que pedimos voto ao povo”, finalizou.