Greve dos professores

VÍDEO: 'A responsabilidade pelas crianças fora da sala de aula e as mães desesperadas é do prefeito', diz Rui Oliveira

O discurso aconteceu durante manifestação de professores, na tarde desta sexta-feira (16), em frente a sede da prefeitura de Salvador

Ruy Oliveira da APLB em ato dos professores
Foto: Sanny Santana/PS Notícias

O Professor Rui Oliveira, presidente da Associação dos Professores Licenciados do Brasil (APLB-Sindicato), expôs ao PS Notícias que a responsabilidade de crianças estarem fora da sala de aula é do prefeito Bruno Reis. O discurso aconteceu durante manifestação de professores, na tarde desta sexta-feira (16), em frente a sede da prefeitura de Salvador.

“A Assembleia Geral deliberou que o prefeito tem que dizer como ele vai conseguir pagar esse piso salarial que está com a defasagem da ordem de 58% Então, é uma greve muito forte. A responsabilidade pelas crianças estarem fora de sala de aula e as mães desesperadas é do prefeito Bruno Reis”, disse o presidente da APLB.

De acordo com Rui, o prefeito “não deu bola” e “não falou nada”, sobre a pauta entregue em Assembleia, no dia 18 de fevereiro, reivindicando algumas questões como o pagamento do piso salarial do magistério, previsto para R$ 4.867,77, conforme determinação do Ministério da Educação (MEC), climatização nas escolas e concurso público.

“A coisa começou a apertar, o prefeito recorreu à Justiça, conseguiu uma liminar, dizendo que a greve é ilegal, o departamento jurídico da APLB recorreu, nós continuamos em greve, ele aumentou para 6.27 a partir de janeiro que foi rejeitado pela Assembleia Geral”, contou.

Além disso, Rui solicitou ajuda da população e detalhou os próximos passos da categoria:

“Nós fizemos uma intermediação com o presidente da Câmara ele falou que se fosse ele, sentava com a diretoria da APLB, abria as contas e dizia, ó, eu só posso pagar dessa forma. Isso daí a gente levaria para uma Assembleia da categoria e a categoria iria avaliar a possibilidade ou não a viabilidade da proposta do prefeito. No entanto, isso não aconteceu ainda, nós estamos em greve, hoje tem mais de 10 dias de greve, tivemos uma assembleia geral ontem, lá na região do Iguatemi, que deliberou fazer agora o enterro público das políticas públicas da prefeitura de Salvador, hoje a partir das 15 horas aqui. Final de semana, carro de som informando a comunidade de que nós estamos em greve, segunda-feira vamos fazer um café da manhã aqui cedo ‘Acorda prefeito, pague o piso’ e terça-feira tem uma Assembleia geral da categoria para avaliar os rumos do movimento”.

O PS Notícias perguntou ao professor por quanto tempo pretendem manter a greve caso nada seja resolvido. Ele respondeu que ‘quem decide é a categoria. E, enquanto a categoria deliberar pela continuidade da greve, nós vamos continuar em greve’. Sobre a partir de quantos por cento aceitariam a proposta da prefeitura, ele afirmou: ‘primeiro, o prefeito tem que dizer qual é a proposta dele’. Aí a gente leva para a categoria e ela avalia se aceita ou não”.

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