O período da estação da primavera, compreendido entre os meses de setembro e dezembro, é marcado pela alternância entre chuva e sol. Essa dinâmica climática traz um alerta para cidades litorâneas como Salvador: o risco de afogamento.
Desde o início da estação, foram registradas cinco mortes por afogamento na capital baiana. A mudança de estação, que deixa o mar agitado de maneira mais constante, pode ser um dos principais fatores, como explica a tenente-coronel do Corpo de Bombeiros, Patrícia Torreão.
“A gente tem uma transição na primavera. Nesse contexto, o que acontece é que a própria climatologia do nosso estado torna a praia mais atrativa. Temos o sol, mas ainda temos o mar com características de inverno”, disse.
Entre janeiro e setembro deste ano, foram registradas 267 ocorrências, número que representa uma queda de 58% em relação ao ano passado, quando houve 641 registros. Entretanto, o número de óbitos aumentou.
“Houve, de fato, um aumento de afogamentos com registro de morte no mês de setembro. Mas a atuação do Corpo de Bombeiros segue de forma preventiva. Sempre falamos: busquem praias mais abrigadas, com ondas de menor energia”, reforçou a tenente-coronel.
Monitoramento e Ocorrências de Afogamento em Salvador
O monitoramento da orla de Salvador é dividido entre o Corpo de Bombeiros e a Coordenadoria de Salvamento Aquático de Salvador (Salvamar). Os bombeiros são responsáveis pelo trecho compreendido entre o Porto da Barra e a Praia de Amaralina, atuando também na Baía de Todos-os-Santos. Já a Salvamar monitora o trecho de orla entre Jardim de Alah e Ipitanga, além da Ilha de Maré e da Ilha dos Frades.
O coordenador do Salvamar, Kailani Dantas, chama atenção para as praias com mais ocorrências e para as mais perigosas da capital baiana.
“As três com mais ocorrências são Piatã, Stella Maris e Jaguaribe. Contudo, elas não são as mais perigosas. As mais perigosas são Jardim de Alah e o Farol de Itapuã”, alertou.