Veja o resumo da noticia
- Presidente do Sindicato dos Feirantes e Ambulantes de Salvador, Gago da Feira, denuncia ação da Ambev no Carnaval
- Segundo ele, a cervejaria realiza uma fiscalização abusiva
- Representante fez apelo ao prefeito Bruno Reis

O presidente do Sindicato dos Feirantes e Ambulantes de Salvador, Nilton Ávila Filho, conhecido como Gago da Feira, denunciou uma suposta prática da cervejaria Ambev contra os ambulantes no Carnaval de Salvador. Em discurso, realizado durante a assinatura do Pacto de Promoção do Trabalho Decente da festa popular, na manhã desta sexta-feira (7), o representante da categoria pediu que o prefeito Bruno Reis (União Brasil) tome conhecimento sobre a fiscalização, que ele denominou como “humilhante”.
Segundo Ávila Filho, durante os festejos, a empresa, que costuma ser patrocinadora exclusiva da festa, contrata fiscais para vistoriar os isopores dos trabalhadores. Pessoas presentes no encontro aplaudiram a fala do presidente.
“Só entra mercadoria deles, mas eles não se contentam com isso. Eles vão para os isopores dos companheiros fazer, minuciosamente, uma vistoria. É uma humilhação muito grande. Então, eu peço a sua equipe que não deixe isso acontecer. Eu sei que o senhor não sabe disso, o secretário [da Ordem Pública] Décio [Martins] também não deve saber. Porque, a pessoa depois que arrumar seu isopor todo, chegam aqueles fiscais, fazem uma roda humana no equipamento do ambulante para fazer uma fiscalização, é muito humilhante”, lamentou.
Além disso, o representante dos ambulantes reforçou um pedido feito anteriormente para o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, que também participou da cerimônia. Ele solicitou uma linha de crédito para a categoria, afirmando que, durante os festejos, os trabalhadores tendem recorrer a agiotas.
“Deixei na última reunião que a gente teve lá em Brasília, um ofício pedindo uma linha de crédito para os companheiros […] porque os companheiros no Carnaval e nas festas populares, costumam tomar dinheiro, a juros muito alto, na mão de agiotas, e terminam perdendo 50% do que ele arrecada no seu trabalho muito árduo”, afirmou.


