O presidente da Câmara Municipal de Salvador, vereador Carlos Muniz (PSDB), recebeu nesta segunda-feira (19) representantes da APLB-Sindicato. A entidade representa os professores da rede municipal de ensino, que estão em greve desde 6 de maio.
A reunião ocorreu após a Prefeitura de Salvador encaminhar, na última sexta-feira (16), uma proposta de reajuste salarial dos professores para análise dos vereadores. O projeto prevê aumentos de 9,25% para profissionais de Nível 1 / Referência A, 6,65% para Referência B e 6,27% para Referência C e o quadro suplementar do magistério.
Sindicato pede retirada da proposta e abertura de diálogo
Durante o encontro, a vice-coordenadora da APLB, Marilene Betros, afirmou que os professores foram surpreendidos pela proposta, enviada sem discussão prévia com a categoria. Ela entregou um documento que aponta discordâncias sobre o texto, como o escalonamento do reajuste. Segundo o sindicato, isso “vai achatar ainda mais a tabela do magistério”.
A principal reivindicação é a retirada do projeto da pauta para que ocorra um debate mais amplo sobre o pagamento do piso salarial do magistério. A categoria defende a valorização igualitária entre os níveis.
Muniz diz que decisão depende do colegiado
O presidente da Câmara afirmou que a possibilidade de retirar a matéria da pauta ainda está em aberto, mas depende da posição dos demais vereadores.
Na realidade, nossa obrigação aqui é uma obrigação de colegiado e não da vontade só de um vereador. Expliquei aos professores que se eles quiserem colocaremos a lei em plenário para apreciação, amanhã, para saber dos colegas se retiramos ou não da pauta. Afinal, isso aí não pode ser uma vontade só minha, tem que ser uma vontade do colegiado, da Câmara Municipal de Salvador”, explicou Muniz.
Ele também garantiu que o projeto está seguindo todos os trâmites regimentais, com análise pelas comissões de Constituição e Justiça, Educação e Orçamento.
Até porque espero que a vontade dos professores e dos servidores em geral sejam realizadas, mas não depende só da Câmara de Vereadores, e sim da negociação que eles estejam fazendo com o Executivo Municipal”, afirmou o presidente.
Segundo Carlos Muniz, o prefeito Bruno Reis (União) assegurou que a proposta garante o pagamento do piso nacional para todos os professores da rede municipal.
“Tive uma reunião com ele sobre isso e nos foi encaminhado um projeto em que há um escalonamento em relação à categoria de cada um, em que ele garantiu que todos os professores estariam ganhando o piso, que é exigência da categoria”, enfatizou.
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