Veja o resumo da noticia
- Bahia reduz em 88% casos de dengue
- Chuva e calor são fatores potencialmente desencadeadores para a proliferação do Aedes aegypti,
- O infectologista Claudilson Bastos diz que a população deve intensificar os cuidados
Chuva e calor são fatores potencialmente desencadeadores para a proliferação do Aedes aegypti, mosquito responsável pela transmissão de doenças como dengue, zika e chikungunya. Por isso, a proximidade das estações mais quentes (primavera, que terá início no próximo dia 22 de setembro, às 15h19, e o verão, a partir de dezembro) acendem um alerta importante para os cuidados para prevenir os criadouros do mosquito, mesmo diante do cenário atual de diminuição dos casos dessas doenças.
De acordo com os dados da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), no período de 29 de dezembro de 2024 até o último dia 2 de agosto, foram registrados 26.907 casos prováveis de dengue e sete mortes. No mesmo período do ano passado, foram 224.750 notificações, o que representa uma redução de 88%.
O órgão estadual também registrou diminuição de casos de chikungunya e zika, no mesmo período, com 87,5% e 75,29%, respectivamente.
O infectologista e consultor do Sabin Diagnóstico e Saúde, Claudilson Bastos, destaca que a população deve intensificar os cuidados para evitar um aumento de casos de dengue, zika e chikungunya nos meses mais quentes.
“O Aedes aegypti se desenvolve melhor em períodos quentes e chuvosos, presentes na primavera e, principalmente, no verão, criando condições perfeitas para a formação das larvas. Por isso, é fundamental redobrar os cuidados básicos, no âmbito doméstico, antes mesmo das chuvas, evitando acúmulo de água em recipientes, como pneus, garrafas, tampinhas, latas e vasos de plantas. É preciso também vedar as caixas d’águas e fazer a manutenção das piscinas”, informa.
A população também pode contar com um exame inovador elaborado pelo Sabin, que permite identificar, com precisão e com uma única amostra de sangue, seis vírus transmitidos pelo Aedes aegypti: dengue, zika, chikungunya, oropouche, febre amarela ou de mayaro.
Para isso, a técnica utilizada é a de biologia molecular, por meio do PCR, em tempo real qualitativo. Ela mostra exatamente o vírus presente no paciente e fornece informações cruciais para o tratamento direcionado.
O exame está disponível nas unidades do Sabin em Salvador, bem como Camaçari, Lauro de Freitas, Santo Antônio de Jesus, Barreiras e Luís Eduardo Magalhães.
Sintomas da dengue, zika e chikungunya
O infectologista explica que as pessoas devem ficar atentas aos principais sintomas da dengue. São eles: febre alta, dores de cabeça intensas, musculares e nas articulações, dor atrás dos olhos, náuseas, vômitos e manchas vermelhas na pele. Além disso, em casos mais graves da doença, podem surgir sangramentos, dor abdominal intensa e dificuldade respiratória.
Por outro lado, a zika apresenta febre baixa, manchas vermelhas na pele, coceira, olhos vermelhos e dores musculares e articulares. Já a chikungunya tem como sintomas febre alta, bem como dores musculares e nas articulações, dor de cabeça, fadiga e manchas vermelhas na pele.
“Alguns sintomas se assemelham. Diante disso, é importante procurar atendimento médico para o diagnóstico preciso e o devido tratamento”, afirma o infectologista, acrescentando que há uma vacinação contra a dengue disponível para a população, que é segura e protege contra os quatro tipos do vírus circulantes no Brasil: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4.