Veja o resumo da noticia
- Gripes, resfriados e viroses são comuns no dia a dia;
- O PS Notícias conversou com o médico infectologista Adriano Oliveira destacou que hábitos simples fazem diferença na prevenção;
- A vacinação é uma das principais formas de prevenção.
Gripes, resfriados e viroses são comuns no dia a dia, principalmente durante a transição entre as estações. Apesar de geralmente apresentarem baixa gravidade, essas condições prejudicam a qualidade de vida e podem evoluir para complicações quando não tratadas da forma adequada.
Em entrevista ao PS Notícias, o médico infectologista Adriano Oliveira destacou que hábitos simples fazem diferença na prevenção e ajudam o organismo a se proteger contra agentes infecciosos.
“O cuidado simples é evitar aglomerados, lugares fechados com muitas pessoas, lugares com ar-condicionado, sem janelas abertas. Esse é o grande problema. Aquela coisa de lavar as mãos, lavar as coisas que foi no início da pandemia, depois se viu que não faz muito sentido. O vírus é de transmissão aérea, todos os três: gripe, resfriado e Covid.”
O especialista ressalta ainda a importância de observar os sintomas e buscar soluções adequadas, em especial no caso da gripe, que pode trazer riscos sérios.
“É o fator mais letal da história da humanidade. Nada, nenhuma doença, nenhuma guerra, nenhuma escassez de alimento, nada matou mais do que o vírus da gripe na história da humanidade. É só lembrar que em 1918, na gripe espanhola, nós perdemos em torno de 25% da população do mundo e isso não é pouca coisa. O resfriado costuma ser uma doença branda e raramente complica, salvo pacientes extremamente débeis, idosos em extremos de idade, com doenças crônicas.”
Nesse contexto, a vacinação se torna uma das principais formas de prevenção.
“No caso da gripe, evitar mortes, evitar casos graves, pneumonia, diarreias. No caso da COVID, evitar hoje dificilmente um paciente com a variante Ômicron, que é a variante pedrominante, vai complicar e vai parar no hospital e vai, enfim, ser entubado. Porém, esse é um vírus que tem uma série de consequências mórbidas de longo prazo, particularmente perda de atenção, perda de memória e em idosos induz muita demência. Portanto, a vacina previne essas consequências de longo prazo. Então, no caso da Covid, a ideia não é nem prevenir a doença aguda, mas, acima de tudo, prevenir as consequências de longo prazo.”
Adriano reforça ainda que buscar orientação médica logo nos primeiros sintomas é fundamental para evitar riscos associados à automedicação.
“O risco de se automedicar é fazer bobagem, particularmente no caso da influenza, da gripe, porque gripe tem tratamento, gripe tem cura, na realidade, com antivirais. Se você procura logo o médico, ele pode te orientar, e quanto mais cedo você usar a medicação, melhor. Então, no primeiro sinal de sintomas, entre em contato com o médico. Não precisa ser necessariamente marcando a consulta, pode ser por telefone, enfim, por qualquer via, até mesmo via eletrônica ou WhatsApp, e procurar saber orientações. Seu médico vai saber lhe orientar.”