Joneuma Silva Neres, ex-diretora do Conjunto Penal de Eunápolis, no extremo sul da Bahia, é acusada de não apenas facilitar a fuga de 16 detentos da unidade, mas também de manter um suposto relacionamento amoroso com um dos fugitivos, com quem teria mantido relações sexuais dentro da prisão, conforme denúncia do Ministério Público da Bahia (MP-BA).
O detento em questão seria Ednaldo Pereira Souza, conhecido como “Dadá”, apontado como chefe da facção criminosa Primeiro Comando de Eunápolis (PCE), atualmente ligada ao Comando Vermelho (CV). Ainda segundo a denúncia, a ex-diretora teria atendido a diversos pedidos feitos pelo integrante da facção. Um dos exemplos citados é a entrada da esposa de Dadá no presídio sem passar por revista.
Wellington Oliveira Sousa, ex-coordenador de segurança da unidade e apontado como braço direito de Joneuma, revelou em depoimento que a ex-diretora e o traficante mantinham encontros a sós na sala de conferência, onde a visibilidade da porta de vidro era obstruída com uma folha de papel ofício.
De acordo com Wellington, os encontros eram sigilosos, duradouros e chamavam a atenção de outros servidores da unidade. Tanto ele quanto Joneuma estão presos. Já Dadá continua foragido. A família da ex-diretora nega o relacionamento.
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Investigação e acusações
Jocelma Neres, irmã e advogada de Joneuma, declarou em entrevista à TV Bahia que a cliente “está sofrendo as consequências de um crime que não cometeu”. Presa em janeiro deste ano, Joneuma estava grávida no momento da prisão e atualmente cumpre pena acompanhada do filho, que nasceu no período de detenção.
Ela esteve à frente do Conjunto Penal de Eunápolis por nove meses e foi a primeira mulher a ocupar o cargo. As autoridades passaram a investigá-la após identificarem uma série de regalias dentro da unidade, como a entrada de roupas, freezers, ventiladores e sanduicheiras para os internos.
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