Três pessoas foram denunciadas nesta segunda-feira (1º) pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) por tráfico e associação para o tráfico de drogas. Segundo o órgão, Jerônimo João da Silva, Patrícia Maria da Silva e Kleber Wilson Izola são apontados como integrantes de uma organização criminosa.
O grupo usava a empresa Nader Transportes e Logística como fachada para transportar entorpecentes entre os estados de São Paulo e Pernambuco. A Justiça agora analisa o pedido de prisão preventiva de Jerônimo, fundamentado na gravidade dos crimes, risco de fuga e tentativa de obstrução das investigações.
De acordo com o MP-BA, Jerônimo era o líder do grupo. Sua filha, Patrícia, administrava a filial da empresa em Recife, onde monitorava a chegada das cargas ilícitas. Já Kleber era responsável pela logística do esquema, coordenando veículos, funcionários e estratégias para ocultação de provas.
A investigação teve início após a apreensão de cerca de cinco toneladas de drogas — 4,8 toneladas de maconha e 11 kg de haxixe — no dia 23 de junho de 2025, durante uma fiscalização da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na BR-116, na cidade de Poções, no interior da Bahia.
A droga estava escondida em caixas com a inscrição “Caruaru” e foi localizada com o auxílio de um cão farejador da Companhia Independente de Policiamento Especializado do Sudoeste (Cipe Sudoeste).
Operação carga oculta
Ainda segundo o MP-BA, o material apreendido foi avaliado em cerca de R$ 9,8 milhões. A operação também identificou três dispositivos de rastreamento ocultos na carga, indicando o alto nível de sofisticação da quadrilha.
Ao longo da investigação, documentos, extratos bancários, perícias em aparelhos eletrônicos e interceptações telefônicas confirmaram a atuação dos denunciados em diferentes frentes do esquema, incluindo tentativas de obstrução da Justiça e indícios de práticas de lavagem de dinheiro”, divulgou o MP-BA.