Em assembleia-geral

Professores municipais aprovam greve por tempo indeterminado

Além das questões salariais, a categoria reivindica condições adequadas para o exercício da profissão

Greve dos professores municipais
Foto: APLB Sindicato

Os professores e professoras da rede municipal de ensino aprovaram por unanimidade nesta terça-feira (6), em assembleia-geral realizada no Campo Grande, no Centro de Salvador, greve por tempo indeterminado. A categoria rejeitou a proposta salarial apresentada pela Prefeitura de Salvador, considerada insatisfatória.

Enfrentando também a chuva, o grupo presente na assembleia exigiu o cumprimento da Lei do Piso do Magistério, além de reivindicar melhores condições de trabalho, infraestrutura nas escolas e valorização da educação pública.

“Nem mesmo o temporal impediu os professores de dizerem basta. A proposta da Prefeitura é um desrespeito à categoria, que há anos luta por seus direitos básicos. A greve é nossa resposta”, afirmou Rui Oliveira, coordenador-geral da APLB.

A proposta do Executivo municipal, enviada em 29 de abril, previa um reajuste linear de 4%, dividido em duas parcelas: 2% a partir de maio e 2% a partir de outubro. A categoria rejeitou a proposta, considerando-a muito aquém do necessário para garantir o piso nacional do magistério.

Foto: Divulgação/APLB Sindicato

A APLB encaminhou ofício à Prefeitura de Salvador informando sobre o início imediato da greve e também aprovou uma agenda de mobilização com objetivo de pressionar o poder público e dialogar com a população sobre os motivos da paralisação.

Mobilização e reivindicações da categoria

Na quarta-feira (7), às 10h, os professores estarão na Estação da Lapa pressionando o Executivo municipal e esclarecendo para a população sobre os motivos da greve.

“Nós queremos o que é de direito. O mínimo que exigimos é o cumprimento da lei. E hoje, mesmo debaixo de chuva, mostramos que não aceitaremos menos do que merecemos”, reforçou Elza Melo, diretora da APLB.

Além das questões salariais, a categoria reivindica condições adequadas para o exercício da profissão, como climatização das salas de aula, materiais pedagógicos e valorização profissional.

A direção do sindicato já recorreu ao Ministério Público da Bahia para tentar uma mediação que garanta avanços na negociação.

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