
O ex-coordenador da Coordenação de Recursos Especiais (Core), Douglas Pithon, que comandou a unidade até 2024, quebrou o silêncio após denúncias sobre uma operação realizada em julho daquele ano, em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador.
A ação, atualmente investigada pela Corregedoria da Polícia Civil e pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA), apura o suposto envolvimento de policiais civis e militares em um esquema de desvio de armamento e na morte de dois homens, vítimas de tortura.
Pithon negou qualquer participação ilegal e foi categórico: “Eu não respondo a nenhum processo criminal, eu nunca negociei com vagabundo, eu nunca roubei arma, eu nunca vendi droga. Agora comigo é guerra sem trégua, eu não dou trégua a marginal e assim farei até o último dia”.
O policial afirmou que a Core atuou estritamente dentro da lei e que toda a equipe foi chamada apenas como testemunha. “Fomos acionados pelo Departamento de Polícia Metropolitana para cumprir uma missão em terreno de alta complexidade, e assim fizemos. Todo o material apreendido — armas, drogas, munições, balanças de precisão — foi encaminhado para a sede do Depom, onde os procedimentos legais foram rigorosamente seguidos”, declarou.
Declarações de Douglas Pithon após acusações
A manifestação foi feita em vídeo, na noite desta segunda-feira (11), após reportagem da TV Bahia. Douglas Pithon criticou a matéria, classificando-a como “extremamente tendenciosa”, e disse estar tranquilo sobre sua conduta.
Segundo ele, todos os integrantes da Core colaboraram voluntariamente com as apurações: “Entregamos nossos celulares para perícia e participamos de todas as oitivas na Polícia Civil, Polícia Militar, Corregedoria e Justiça, sempre como testemunhas”.