Cristofobia

PL que cria programa de combate à cristofobia avança na Câmara de Salvador

PL apresentado pelo vereador Cézar Leite (PL) já está pronto para ser apreciado em plenário, último estágio de tramitação na Câmara

Vereador Cézar Leite (PL). Foto: CMS/Divulgação
Vereador Cézar Leite (PL). Foto: CMS/Divulgação

Um projeto de lei de autoria do vereador Cézar Leite (PL) prevê a criação de um programa para combate à cristofobia em Salvador. O texto começou a tramitar na Câmara de Vereadores em fevereiro deste ano, conforme mostrou o PS Notícias à época. A proposta avançou nas comissões da Casa e agora aguarda análise do plenário, último estágio de tramitação no Legislativo.

De acordo com Cézar Leite, o objetivo é promover respeito e proteção aos cristãos, em particular os evangélicos. “Eles têm sido alvo de ataques e discriminação em diferentes esferas sociais”, apontou o legislador em sua justificativa.

Em um dos artigos do projeto, o vereador propõe a realização de ações educativas que promovam o respeito à fé cristã e combatam a cristofobia.

“Ficam terminantemente proibidas campanhas e fantasias desrespeitosas aos cristãos, principalmente promovidas pela máquina pública a exemplo do carnaval, festas e atividades culturais”, diz um trecho da matéria.

Tramitação na Câmara

Desde que chegou à Câmara em fevereiro deste ano, o projeto de lei do vereador Cezar Leite teve aprovação de duas comissões permanentes.

Primeiro, passou pelo crivo da Comissão de Constituição e Justiça e Redação Final. No colegiado, o projeto teve como relator o vereador Maurício Trindade (PP).

Em seu parecer, Trindade argumentou que o projeto legisla em prol da paz social e da convivência harmoniosa entre os grupos religiosos na medida em que busca coibir eventuais tentativas de ataques à fé cristã, restringindo, portanto, o espaço para o desrespeito e abrindo alas para o princípio da isonomia.

“Quando proíbe os ataques aos cristãos e sua respectiva religião, em suas diferentes formas, o nobre legislador está, em verdade, sacramentando a inviolabilidade da liberdade de consciência e de crença, outro direito constitucionalmente assegurado, imprescindível ao combate à intolerância religiosa”, diz o relator em um trecho do parecer apresentado na CCJ.

Posteriormente, o projeto foi analisado pela Comissão de Finanças, Orçamento e Fiscalização, onde o vereador Alexandre Aleluia (PL) foi o responsável pela relatoria.

Aleluia explicou que a proposta não cria novas despesas para o município de Salvador.

“A proposição revela-se financeiramente neutra, estando em consonância com as previsões já aprovadas no planejamento orçamentário municipal”, frisou Alexandre Aleluia.

Agora, o projeto aguarda apreciação no plenário da Casa.